criaturas descobertos pela ciência nos utimos anos
A lista foi liberada para coincidir (mais ou menos) com o aniversário de Carolus Linnaeus (23/05), considerado o pai da taxonomia moderna. Seu trabalho, desenvolvido em meados do século 18, foi o ponto de partida para a “moderna” nomeação e classificação de plantas e animais.
Dinossauro emplumado (Anzu wyliei)
Uma mistura de pássaro e dinossauro, Anzu wyliei pertence ao grupo que viveu na América do Norte. Contemporâneo do famoso T. Rex e do Tricerátopos, esta espécie fazia ninhos e sentava-se sobre os ovos até que eles se chocassem. Entre as suas características de pássaro estavam coisas como penas, ossos ocos e um focinho curto com um bico de papagaio. Estes onívoros parecem ter vivido em várzeas comendo vegetação, animais pequenos e possivelmente ovos também. Três esqueletos parciais bem preservados foram descobertos nos Estados Unidos. Como se parece com uma galinha gigante, este novo dinossauro foi apelidado de “galinha do inferno” – uma galinha com 1,5 m de altura e pesando algo em torno de 300 kg.
. Coral Flora (Balanophora coralliformis)
Esta planta parasita tem uma ramificação incrível e textura áspera em seus tubérculos que ficam acima do solo. Esses tubérculos dão a este parasita uma aparência de coral.
Plantas parasitas não contêm clorofila e são incapazes de fazer fotossíntese, assim elas têm que tirar sua nutrição de outras plantas vivas. Esta espécie é, até agora, conhecida a partir de menos de 50 plantas, todas encontradas entre 1.465 m e 1.735 m de altitude na encosta sudoeste da montanha Mingan, em áreas de florestas cobertas de musgo. Como tão poucas plantas são conhecidas em áreas tão hostis, os cientistas acreditam que a espécie corre sérios perigos de extinção.
. A aranha ginasta (Cebrennus rechenbergi)
Este aracnídeo ágil do deserto usa um truque de ginasta para escapar de situações ameaçadoras: dá cambalhotas charmosas. Quando o perigo se aproxima, a aranha assume uma postura ameaçadora primeiro, para tentar afastá-lo. Se o perigo persiste, a aranha corre e, em seguida, dá um show de ginástica olímpica. E o terreno não é um desafio: a aranha pode girar em espaços planos, bem como subindo e descendo colinas.
. O X-Phyla (Enigmatica dendrogramma)
Essa é uma espécie de animal multicelular que se parece um pouco com cogumelos, com uma boca em uma extremidade, e a outra extremidade em forma de um disco achatado.
. Deuteragenia ossarium
Este inseto, que chega a até cerca de 15 milímetros, tem uma forma única de proteger sua prole. Constrói ninhos com várias células, cada uma separada por uma micro barreira. Então, mata aranhas e coloca uma em cada célula, para fornecer alimento para o desenvolvimento de seus filhotinhos. Uma vez que seu ovo é colocado, ela preenche o ninho com até 13 corpos de aranhas mortas, criando assim uma barreira química para o ninho. Este é o primeiro animal conhecido por ter esta abordagem para garantir a sobrevivência do ninho. A espécie, encontrada no leste da China, tem taxas de parasitismo significativamente mais baixas do que outras vespas semelhantes.
. Sapo indonésio (Limnonectes larvaepartus)

Toda regra tem uma exceção. Ao contrário de outras rãs, a Limnonectes larvaepartus, da ilha de Sulawesi, na Indonésia, dá à luz girinos que são depositados em piscinas de água. Em uma ocasião, inclusive, uma fêmea deu à luz um girino na mão de um cientista no momento em que foi capturado. Menos de uma dúzia de 6.455 espécies de sapos do mundo têm fecundação interna. Essa espécie tem cerca de 40 mm e é encontrada na península setentrional da ilha na borda ocidental do Núcleo Central. A região não foi totalmente explorada para saber mais sobre esses animais, de modo que a extensão da gama desta espécie ainda não é conhecida. Os sapos vivem em habitats florestais naturais e degradados, muitas vezes em áreas ocupadas por outras espécies do mesmo gênero. São encontrados em vegetação gramínea ou em substratos rochosos.
Bengala (Phryganistria tamdaoensis)

Apesar de não ser o mais longo do mundo, esse inseto pertence a uma família conhecida como “paus gigantes”. Pega mal falar assim, mas, cá entre nos: impressiona. O Phryganistria tamdaeoensis deu provas convincentes de que, apesar de seu tamanho, a descoberta dessas varas gigantes mestres da camuflagem ainda está longe de terminar.
Lesma do mar (Phyllodesmium acanthorhinum)

Para esta lesma do mar, a competição Top 10 foi mais do que um concurso de beleza. Ela representa um “elo perdido” entre lesmas do mar que se alimentam de hidras e as especializadas em corais. Esta nova espécie também contribuiu para uma melhor compreensão da origem de uma simbiose incomum em outras espécies do gênero.
. Bromélia (Tillandsia religiosa)

Tillandsia religiosa podem ser encontradas crescendo a até 1,5 m de altura em habitats rochosos em regiões do norte de Morelos, no México.
. Novo baiacu (Torquigener albomaculosus)

Esse novo peixe foi encontrado no fundo do oceano ao largo da costa de Amami-Oshima Island, e era tão estranho e inexplicável que deixou todo mundo de boca aberta.
Esses animais vivem dentro de círculos minuciosamente cavados, e são na verdade uma nova espécie de baiacu, chamada de Torquigener albomaculosus. Os machos constroem círculos como ninhos de desova e se contorcem na areia do fundo do mar. Os ninhos, usados apenas uma vez, são feitos para atrair as fêmeas. Eles têm bordas duplas e depressões que irradiam em uma geometria curiosa. Os cientistas também descobriram que as cristas e ranhuras desses círculos servem para minimizar a corrente oceânica no centro do ninho.
Isso protege os ovos das águas turbulentas e, possivelmente, de predadores também. Yoji Okata, um fotógrafo subaquático, foi o primeiro a observar esse comportamento artístico. Posteriormente, uma equipe de televisão realizou uma expedição para registrar o fenômeno. [esf, reuters, scienced
A natureza é definitivamente um campo infinito de estudo. Com sua riqueza e variedade, fornece matéria-prima para cada vez mais estudos, sempre deixando espaço para novas descobertas.
A seleção de novas espécies que você vai conferir agora é um exemplo disso. E ainda vem com o bônus de nos faz pensar o que mais a natureza esconde de nossos olhos e o que podemos descobrir no futur

O olinguito foi descoberto em Tandayapa Bird Lodge, no Equador. Os animais foram encontrados em zoológicos, mas até recentemente não eram considerados uma nova espécie.
Conta com pétalas brancas e filamentos cor de laranja.3. Anêmonas de gelo

A Edwardsiella andrillae é uma nova espécie de anêmona, que vive na parte de baixo do gelo marinho antártico. Lugar estranho para se morar, não?
. O camarão esqueleto

O Liropus minusculus é mede apenas alguns milímetros de comprimento. Este camarão translúcido vive em cavernas do mar na ilha de Santa Catalina – na Califórnia (Estados Unidos).
Penicilina laranja

Uma nova espécie de fungos foi encontrada no solo da Tunísia. Por conta de sua cor, recebeu o nome dePenicillium vanoranjei, mas também pode ser chamado de “penicilina laranja”.
. Lagartixa “rabo de folha”

A Saltuarius eximius é uma nova espécie de lagartixa que pode ser encontrada em florestas remotas do norte da Austrália. Como você pode ver nas imagens, sua cauda tem formato de folha e toda sua pele é adaptada para se camuflar em cenários de natureza selvagem.
Ameba protista

A Spiculosiphon oceana é um micro-organismo protista unicelular bizarro que constrói uma concha em seu corpo a partir de pedaços de esqueletos descartados de esponjas marinhas. Sustentabilidade marinha, a gente vê por aqui! Embora seja feita de uma só célula, a ameba tem cerca de 4 cm de comprimento.
Micróbios resistentes à faxina

O Tersicoccus phoenicis é um micróbio isolado recém descoberto, que é encontrado mesmo em salas limpas. Sim: ele tem a incrível capacidade de resistir a todo e qualquer tipo de tentativa de esterilização.
A vespa Sininho

Esse inseto todo estranho que você está vendo em superclose na foto recebeu o nome de Tinkerbella nana(Tinkerbell é o nome da personagem da fada “Sininho” em inglês). A vespa é um parasitóide que mede apenas 250 micrômetros de comprimento e vive na Costa Rica.
. O caracol transparente

Apesar de gosmento, esse caracol terrestre é um tanto fascinante. Ele vive na Croácia e tem uma cúpula transparente, como você pode admirar nas imagens. Batizado de Zospeum tholussum, ele também não têm olhos, pois seu habitat natural são cavernas absolutamente escuras. Uma curiosidade interessante: os caracóis dessa espécie se movem apenas alguns centímetros por semana, no máximo. A maior parte deles passa a vida simplesmente andando em círculos.[LiveScience]

O pássaro antigamente era confundido com o “limpa-folhas-do-nordeste”, natural de Alagoas. Mas uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. O “gritador-do-nordeste” é um membro da família de pássaros sul-americanos Furnariidae.
Ele tem cerca de 22 cm de comprimento, sendo que mais de um terço desse tamanho é só de cauda, e pesa cerca de 48 g.
De acordo com os ornitólogos, é uma das aves mais raras do mundo. Pelo que eles sabem até o momento, ela vive em apenas dois lugares do nosso nordeste: em Murici, no estado de Alagoas, e em Frei Caneca, no estado de Pernambuco.
Os pesquisadores do programa brasileiro de conservação internacional de pássaros, que tem base em Murici, estimam que um máximo de 5 a 10 pares desta espécie pode ter existido em toda a reserva em 2004; no entanto, o número de aves restantes é provavelmente inferior. Em Frei Caneca, estima-se que não mais do que um ou dois pares ainda estejam vivos.
. Papamoscas veteado de Sulawesi (Muscicapa sodhii), Indonésia

Esta espécie tem um peso corporal de cerca de 12,5 g. O comprimento da asa achatada é de 6,4 cm e o comprimento da cauda é de 4,5 cm. Ele vive na planície e na floresta de toda a ilha Sulawesi, na Indonésia.
. Macuquinho-preto-baiano (Scytalopus gonzagai), Brasil

Popularmente conhecido como macuquinho-preto-baiano, esse pássaro gracioso tem, em média, 12 cm de comprimento e pesa cerca de mirrados 15 g.
Ele pertence ao gênero Scytalopus de pequenas aves passeriformes da família Rhinocryptidae. É uma criatura difícil de se ver, especialmente porque vive na folhagem escura e densa de locais úmidos.
. Ave de Wakatobi (Dicaeum kuehni), Indonésia

Conhecido em inglês como “Wakatobi flowerpecker”, essa espécie trata-se de uma ave canora muito pequena, que mede 12 centímetros e pesa apenas 7 g. É natural das ilhas Wakatobi, da Indonésia.
. Elachuridae, uma nova família de aves da Ásia

A nova família Elachuridae é representada por apenas uma espécie até o momento, batizada pelos pesquisadores de “Elachura formosa”.
Os pássaros dessa nova espécie são bem pequenos, como você pode ver na imagem. Eles vivem na China, Índia, Nepal, Bangladesh, Butão, Laos, Myanmar e Vietnã.
Medem cerca de 10 cm de comprimento e tem uma cauda curta. São marrons acima, brancos por baixo, com asas ruivas. Puro charme. Ainda têm manchas brancas em todo o corpo. [sci-news]
Boto-do-Araguaia (Inia araguaiaensis), uma nova espécie de boto do Brasil

O boto-do-Araguaia pode ser encontrado na parte inferior e média do rio Araguaia de Barra do Garças às corredeiras de Santa Isabel e em vários afluentes, como os rios Vermelho, Peixe, Crixás-Açú e Água Limpa, além de nos lagos dos Tigres e Rico, no estado de Goiás, e no lago Montaria, no estado de Mato Grosso.
Antes da descoberta, cinco espécies de botos verdadeiros eram conhecidas: o boto do Amazonas (Inia geoffrensis), o boto boliviano (Inia boliviensis), o boto do sul da Ásia (Platanista gangetica), o boto de La Plata (Pontoporia blainvillei) e o boto Baiji (Lipotes vexillifer).
. Phryganistria heusii yentuensis, o segundo inseto mais longo do mundo

Phryganistria heusii yentuensis é um bicho-pau encontrado no nordeste do Vietnã. Pode atingir até 32 centímetros de comprimento, e 52 centímetros com os membros dianteiros estendidos.
Aranha ginasta (Cebrennus rechenbergi), uma aranha que dá estrelinhas do Marrocos

Essa aranha marroquina pertence à Sparassidae, uma família de aranhas conhecidas como caçadoras devido à sua velocidade e modo de caça. É um animal noturno que vive no deserto do sudeste do Marrocos, Erg Chebbi.
Segundo os cientistas, a aranha é capaz de se mover por meio de saltos que lembram as “estrelinhas” que as crianças costumam fazer. Como uma ginasta impulsionando-se do chão, o animal realiza uma série de movimentos rápidos saltando a quase 2 metros por segundo, o que permite que se mova duas vezes mais rápido do que se apenas caminhasse normalmente.
. Dendrogramma enigmatica e D. discoides, dois animais inclassificáveis de profundidade da Austrália

O pesquisador Dr. Jørgen Olesen e seus colegas da Universidade de Copenhague coletaram essas duas espécies – D. enigmatica e D. discoides – a 400 e 1.000 metros de profundidade na costa australiana próximo ao Estreito de Bass e à Tasmânia.
Segundo os cientistas, estes organismos em forma de cogumelo não podem atualmente ser colocados em um filo existente (a subdivisão principal de um reino taxonômico).
Esox aquitanicus, peixe encontrado na França

Esse peixe pode ser encontrado nas bacias de Charente, Dordogne, Eyre e Adour. O lago Mouriscot constitui a sua localização mais sulista atualmente conhecida.
O animal tem flancos cinzas a verde-amarelos, com 16 a 30 barras verticais oblíquas. A cor das barbatanas é amarela para laranja. Alguns espécimes podem exceder um metro de comprimento.
. Musa arunachalensis, uma espécie de banana selvagem da Índia

Musa arunachalensis é encontrada no nordeste da Índia. Suas flores e frutos ocorrem de janeiro a maio. Essa banana selvagem difere de outras espécies Musa por sua inflorescência. A cor da bráctea é laranja avermelhada com uma ponta amarela.
Antechinus arktos, uma espécie de marsupial da Austrália

O Antechinus de cauda negra é um marsupial carnívoro que vive em áreas de alta altitude e alta pluviosidade na caldeira do vulcão de Queensland, até o sul-leste e nordeste de Nova Gales do Sul.
Nova baleia-bicuda (Mesoplodon hotaula), uma espécie do Pacífico

Essa nova baleia-bicuda é possivelmente um animal raro; apenas sete exemplares foram encontrados presos em ilhas tropicais no Pacífico ocidental e central.
. Aetobatus narutobiei, uma espécie de raia-pintada do noroeste do Pacífico

Aetobatus narutobiei é uma raia de médio a grande porte, com até 1,5 metro de largura. A espécie é encontrada nas águas ao largo do Vietnã, Hong Kong, China, Coreia do Sul e Japão. É particularmente abundante na baía Ariake, no sul do Japão, onde é considerada uma praga que preda bivalves cultivados.
. Pempheris flavicycla, um peixe tropical do Oceano Índico

O Pempheris flavicycla mede de 12 a 14 centímetros de comprimento e tem um anel amarelo brilhante ao redor da pupila do olho e uma mancha preta na base das barbatanas peitorais.
A espécie pode ser encontrada em águas claras e áreas de recifes de coral não expostas a mares agitados. Geralmente, é encontrado a menos de 15 metros.
. Cinco espécies de saguis da América do Sul – Pithecia rylandsi, Pithecia mittermeieri, Pithecia isabela, Pithecia cazuzai e Pithecia pissinattii
Os macacos saguis são criaturas rápidas que passeiam por copas das árvores saltando até 9 metros. Eles formam pequenos grupos de 2 a 9 indivíduos, geralmente constituídos por um único casal reprodutor e vários jovens.

O Pithecia rylandsi vive no noroeste da Bolívia, sudeste do Peru e, possivelmente, no sul do estado de Rondônia e no oeste do estado de Mato Grosso, no Brasil.

O Pithecia mittermeieri é encontrado apenas no Brasil, ao sul do rio Amazonas entre os rios Madeira e Tapajós.

O Pithecia isabela é encontrado somente no Peru.

O Pithecia cazuzai vive no Brasil, aparentemente somente no rio Solimões, em ambos os lados do rio Juruá em Fonte Boa e Uarini.

O Pithecia pissinattii é conhecido apenas no Brasil, ao sul de rio Solimões na zona norte entre os rios Purus e Madeira.
Keesingia gigas, medusa venenosa da Austrália

Medusas que causam a síndrome Irukandji são capazes de envenenar suas vítimas. Suas picadas são apenas moderadamente dolorosas. No entanto, 20 a 30 minutos depois, alguns pacientes podem desenvolver sintomas como dor abdominal, dor nas articulações, náuseas, vômitos, sudorese profusa e agitação. Os pacientes também podem experimentar dormência ou parestesia. Reações mais graves incluem hipertensão e taquicardia. Os sintomas duram de horas a semanas, e as vítimas geralmente necessitam de internação hospitalar.
Keesingia gigas é uma das medusas capazes de causar a síndrome. Enquanto a maioria das medusas ligadas à Irukandji possuem de 5 milímetros a 2,5 centímetros de altura, a Keesingia gigas pode chegar a 50 centímetros. Até o momento, apenas dois casos de picadas desta espécie foram documentados – uma causou síndrome Irukandji grave, enquanto a outra causou apenas dor local na virilha.
. Malo bella, outra medusa venenosa da Austrália

A Malo bella é outra espécie de medusa da Austrália recém-descoberta que também causa Irukandji.
Ela tem um corpo pequeno em forma de sino, com cerca de 19 milímetros de altura. É a menor espécie descrita do gênero Malo.
Lophiaris silverarum, uma espécie de orquídea do Panamá

A família da orquídea contém o maior número de espécies de plantas do mundo – até 30.000. Só no Panamá, há cerca de 1.100 espécies conhecidas.
Lophiaris silverarum cresce apenas no centro do país. As flores surgem em novembro e duram aproximadamente um mês.
. Bumba lennoni, uma espécie de tarântula do Brasil

Nomeada em homenagem a John Lennon, Bumba lennoni pertence à família Theraphosidae. É uma aranha principalmente noturna, com cerca de 3 a 4 centímetros de comprimento.
Como outras tarântulas, ela tem pelos defensivos no abdômen que produzem irritação quando entram em contato com a pele ou tecidos sensíveis. [SciNews]
O ano que passou foi cheio de novidades para a ciência. Além de descobertas tecnológicas, também encontramos novas espécies – dentre elas um tubarão que anda, um caracol com concha semitransparente, um crustáceo venenoso, um esquilo voador e um vírus gigante. E o Brasil passou longe de ser coadjuvante: nosso top 20 traz vários bichos descobertos em 2013 em terras tupiniquins.
Hemiscyllium halmahera, o tubarão que “anda” da Indonésia

O tuberão Hemiscyllium halmahera pertence à família Hemiscylliidae. Ele chegou até a nossa lista porque, ao invés de nadar, estes tubarões “andam” (vídeo) contorcendo seus corpos e o empurrando com a sua barbatanas peitorais e pélvicas.
Tapirus kabomani, uma nova espécie de anta das florestas e cerrado do Brasil e Colômbia

A Tapirus kabomani é a menor anta que vive atualmente. Os adultos pesam cerca de 110 kg. Da sua pata até o ombro, mede cerca de 0,9 m, enquanto o comprimento do corpo pode atingir 1,3 m.
Porco-espinho Baturité (Coendou baturitensis), uma nova espécie de porco-espinho de cauda preênsil do Brasil

O porco-espinho Baturité foi encontrado apenas na Faixada Baturité, que fica no Ceará e é conhecida entre ufólogos por suas supostas atividades extraterrestres. A característica mais proeminente destes animais é a sua cauda longa e invertebrada. Eles a utilizam como uma quinta mão que os ajuda a segurar em ramos à medida que sobem através do dossel da floresta.
. Leopardus guttulus , uma nova espécie brasileira de gato-do-mato

Gatos-do-mato, também conhecidos como gatos-selvagens, gatos-do-mato-pintados ou gatos-do-mato-pequenos, são leopardos de porte semelhante ao de gatos domésticos nativos de áreas de montanha e florestas tropicais da Costa Rica, Brasil e Argentina. Os cientistas pensavam que havia uma única espécie de gato-do-mato, o Leopardus tigrinus. No entanto, um estudo de DNA mostrou que as populações destes animais no nordeste comparadas às do sul do Brasil são completamente separadas, sem evidência de cruzamentos entre elas.
Sphyrna gilberti, uma espécie de tubarão de águas da costa da Carolina do Sul

O “tubarão-martelo Carolina” é um tubarão inofensivo, com uma coloração que fica entre cinza e marrom, pertencente à família Sphyrnidae – que tem como característica principal a cabeça em formato de martelo. O comprimento estimado de um adulto da nova espécie é de cerca de 3 a 4 metros.
. Sousa sp. nov., uma nova espécie de golfinho jubarte de águas australianas

Golfinhos jubarte – que receberam esse nome por causa de uma corcunda peculiar logo abaixo da nadadeira dorsal – pertencem ao gênero de golfinhos Sousa. Estes animais medem de 5 a 8 metros de comprimento e variam entre cinza escuro, rosa ou até mesmo a cor branca. Eles são encontrados por toda a extensão dos oceanos Índico e Pacífico, chegando à costa da Austrália. A nova espécie de Sousa, que ainda precisa ser identificada, ocorre no alto mar do norte da Austrália.
Speleonectes tulumensis, o primeiro crustáceo venenoso conhecido

Speleonectes tulumensis é um tipo de crustáceo conhecido como remípede. Remípedes são um grupo de crustáceos cegos, aquáticos e habitantes de cavernas, primeiro descritos em 1981. Estes crustáceos têm corpos longos e segmentados, com a maioria dos segmentos equipados com pernas nadadoras (são ligeiramente semelhantes às centopeias terrestres). Eles podem ser encontrados em cavernas submarinas na América Central, no Caribe, nas Ilhas Canárias e na Austrália ocidental.
O Speleonectes tulumensis é encontrado em cavernas em Quintana Roo (México) e Belize. A neurotoxina destes remípedes é muito semelhante às neurotoxinas presentes no veneno da aranha.
. Saltuarius eximius, uma nova espécie de lagartixa rabo-de-folha da Austrália

Lagartixas rabo-de-folha são lagartos grandes e impressionantes que são altamente camufláveis contra rochas e troncos de árvores. O “Geco Cape Melville” é conhecido apenas na vizinhança do tipo de localidade das terras altas do Melville Range, conhecida como Cape Melville. Ele mede cerca de 12 cm de comprimento e pesa cerca de 20 g. Tem cabeça curta e olhos muito grandes.
. Zospeum tholussum, um caracol das cavernas com concha semitransparente da Croácia

O Zospeum tholussum é um pequeno e frágil caracol com uma concha semitransparente, maravilhosamente moldada como uma cúpula. Biólogos encontraram apenas um espécime vivo em uma grande câmara sem nome no sistema de cavernas Lukina Jama-Trojama, à notável profundidade de 980 metros.
Esquilo voador gigante laosiano (Biswamoyopterus laoensis), uma espécie de esquilo voador de Laos

O esquilo gigante voador laosiano pesa 1,8 kg e mede cerca de 1,1 m de comprimento total. Biólogos acidentalmente encontraram o único exemplar conhecido deste esquilo em um mercado de carne de caça na Central da República Democrática Popular do Laos.
. Pristiophorus lanae, uma espécie de tubarão-serra das Ilhas Filipinas

Os tubarões-serra são um pequeno grupo de tubarões do fundo do oceano, facilmente distinguidos pelos seus focinhos parecidos com serras e um par de barbilhões longos. Por causa de seu focinho, tubarões-serra às vezes podem ser confundidos com peixes-serra. O Pristiophorus lanae é um tubarão-serra de corpo delgado, com cinco guelras, que chega a medir entre 80-85 cm de comprimento.
Olinguito (Bassaricyon neblina), um novo mamífero da Colômbia e do Equador
lemuO animal pertence à família Procyonidae, a qual partilha com guaxinins, quatis, kinkajous e olingos. É a primeira espécie de carnívoros descobertos no Hemisfério Ocidental em mais de três décadas. O olinguito, o menor membro da família dos guaxinins,
lemure anão
ursinho de pelúcia. Lêmure Anão Lavasoa (Cheirogaleus lavasoensis), uma nova espécie de lêmure de Madagascar

O Lêmure Anão Lavasoa mede entre 50-55 cm e pesa até 0,3 kg. Esta espécie está extremamente ameaçada de extinção. “Os dados do censo estão indisponíveis. Nossa estimativa preliminar é de que menos de 50 indivíduos permanecem”, relataram os cientistas.
. Pandoravirus salinus, um novo vírus gigante

O Pandoravirus salinus foi encontrado em uma amostra de sedimento coletada na costa da região central do Chile. A sua espécie irmã, a Pandoravirus dulcis, foi coletada em uma lagoa de água doce superficial perto de Melbourne, na Austrália. Além de ser enorme – cerca de 1 μm de comprimento e 0,5 μm de diâmetro -, estes vírus têm genoma em tamanhos enormes. O genoma de Pandoravirus salinus tem 2.473.870 bases de DNA de comprimento, enquanto Pandoravirus dulcis possui 1.908.524 bases.
. Bothriechis guifarroi, uma víbora verde de Honduras

Bothriechis guifarroi é uma cobra arborícola altamente venenosa. Foi descoberta no Texiguat Wildlife Refuge, uma das mais florestas montanhosas mais ricas em endemismos e diversificada da Mesoamérica.
. Enyalioides azulae, uma nova espécie lagarto do Peru

O Enyalioides azulae, juntamente com outra espécie nova, a Enyalioides binzayedi, foi descoberto em áreas pouco exploradas das selvas peruanas.
. Abscondita cyatta, uma nova espécie de formiga-cortadeira brasileira

Formigas-cortadeiras que vivem em mutualismo com fungos são noturnas e devastam restos orgânicos para aumentar seus jardins de fungos. Os fungos que elas cultivam provavelmente não são completamente dependentes de seus parceiros para sobreviver e se reproduzir. As formigas, no entanto, são obrigatoriamente dependentes deles.
Rhacophorus helenae, uma espécie de sapo voador do Vietnã

A rã verde brilhante de 10 cm de comprimento, com uma barriga branca, foi encontrada apenas em duas manchas de floresta de várzea no meio das terras agrícolas, não muito longe da cidade de Ho Chi Minh. Tem mãos com membranas entre os dedos e pés como pára-quedas para planar de árvore em árvore.
. Lêmure-rato Marohita (Microcebus marohita), uma nova espécie de lêmure de Madagascar

Lêmures-rato são primatas onívoros e noturnos nativos de Madagascar. O lêmure-rato Marohita tem pelagem cinza e marrom e pesa de 65 a 85 gramas. Calotes bachae, um lagarto espetacularmente colorido do Vietnã
]De acordo com o World Wildlife Fund (WWF), organização não governamental internacional que atua nas áreas de conservação, investigação e recuperação ambiental, centenas de espécies foram descobertas na Amazônia nos últimos anos.
Para ser exata, a organização compilou uma lista com 441 novas espécies, dentre elas 258 plantas, 84 peixes, 58 anfíbios, 22 répteis, 18 aves e um mamífero, todas encontradas entre 2010 e 2013.
A Amazônia se estende por oito países, incluindo o Brasil, que é o que possui a maior porção da floresta, e é o lar de milhões de espécies – aproximadamente 1 em cada 10 encontradas na Terra. Não dá nem para imaginar, né?
Para te ajudar, confira imagens de algumas destas espécies incríveis que vivem tão perto de nós:
Allobates amissibilis – Possivelmente altamente ameaçado, este anfíbio encontrado na Guiana é a terceira espécie Allobates encontrada lá
Apistogramma cinilabra – Este animal faz parte da família ciclídea de peixes de água doce, e está potencialmente ameaçado de extinção
Callicebus caquetensis – Cerca de 20 espécies de macacos sauá vivem na bacia amazônica. Esta espécie recém-descoberta ronrona como um gato
Cercosaura hypnoides – Cientistas conseguiram coletar filhotes a partir de ovos deste lagarto evasivo, na Colômbia
Chironius challenger – Nas montanhas do norte da Amazônia, a descoberta de serpentes é rara, mas esta foi encontrada em Tepuis, a 1.500 metros de altitude
Dicrossus warzeli – Este peixe foi nomeado em homenagem a um aquarista alemão que foi capaz de observar o comportamento do animal no Brasil e na Colômbia
Gonatodes timidus – Na Guiana, este lagarto, que possui cabeça preta com listras e manchas irregulares, pode evitar de ser visto se movendo entre rochas
Passiflora longifilamentosa – Essa nova espécie de flor de maracujá, com filamentos que lembram espaguete, foi encontrada no estado do Pará, no Brasil
Sobralia imavieirae – Essa flor foi descoberta na parte da Amazônia que fica em Roraima, uma das zonas menos povoadas do Brasil
Campylorhamphus gyldenstolpei – Ave encontrada no sudoeste da Amazônia brasileira, a oeste do rio Madeira, e possivelmente também pode ser encontrada no leste do Peru
Você pode consultar a lista completa das espécies descobertas nos últimos três anos aqui. Ela está dividida por categorias (primeiro plantas, depois peixes, anfíbios, répteis, aves, e por último, o único mamífero) e obedece ordem alfabética. Além dos nomes em latim das espécies, você pode conferir o cientista responsável pela descoberta, e o ano e local em que foi feita. [CNN, TIB]
Uma equipe de 15 cientistas viajou para um lugar remoto e inexplorado do globo e encontrou exatamente o que esperava: muitas espécies novas e interessantes.
Liderados por Piotr Naskrecki, os pesquisadores passaram três semanas no Planalto de Cheringoma do Parque Nacional da Gorongosa, no Moçambique. A missão dos cientistas era coletar e registrar informações sobre as espécies da região para ajudar os gestores do parque a entender e proteger a biodiversidade de Gorongosa.
A expedição pelas falésias, cavernas profundas, mata ciliar exuberante dos rios e desfiladeiros da região resultou na descoberta de mais de 1.200 espécies (até agora), incluindo 182 aves, 54 mamíferos, 47 répteis, 33 sapos, mais de 100 espécies de formigas e 320 espécies de plantas.
Algumas das espécies notáveis descobertas pelos cientistas foram o “morcego Chewbacca”, nomeado em homenagem ao personagem de Star Wars, um sapo estranho que mora em cavernas que é possivelmente novo para a ciência, uma formiga incapaz de andar em superfícies planas, um besouro bombardeiro que se defende produzindo pequenas explosões em seu abdômen, e vários gafanhotos.
Os cientistas usaram uma variedade de métodos para coletar os animais, incluindo armadilhas, redes, arapucas de feromônio, câmeras remotas e detectores de ultrassom. Eles exploraram território desconhecido em Gorongosa, descendo em cavernas de calcário em desfiladeiros profundos, e subindo as copas altas das árvores, utilizando avançadas técnicas de escalada e rapel.
Este foi o primeiro levantamento da biodiversidade global na história deste área protegida, e seus resultados vão ajudar a orientar o esforço de restauração para reverter a perda de biodiversidade sofrida pelo parque durante os conflitos armados que assolaram Moçambique de 1975 a 1992.
Ao entender que espécies existem em Gorongosa, a gestão do parque pode tomar as melhores decisões sobre como protegê-las. Será montado um laboratório de ciência moderna dentro do parque em breve, onde os espécimes coletados serão investigados. As informações contribuirão para o banco de dados da biodiversidade do parque, uma ferramenta que ajuda a gerenciar e proteger seus recursos naturais.[NationalGeography]
Nova formiga (Melissotarsus emeryi) descoberta, incapaz de andar em superfícies planas. Esta espécie vive dentro da passagem estreita no fundo da madeira de árvores e só pode mover-se empurrando suas pernas curtas abaixo e acima do corpo ao mesmo tempo
Acauloplax exigua, uma espécie encontrada pela primeira vez mais de 100 anos desde que foi originalmente descrita
















